FOTOS: Com novidade no País e “resposta” de LHS: como foi construída a Ponte do Trabalhador

Estrutura foi inaugurada em Joinville em 1980

Trabalhos foram iniciados em 1979, com conclusão no ano sergy

Uma das principais obras viárias da história de Joinville foi inaugurada com a chancela de primeira ponte do País com ciclovia. Entregue com festa em agosto de 1980, a Ponte do Trabalhador se transformou no marco de ligação entre duas regiões de Joinville, criando uma conexão entre os bairros de moradia de trabalhadores e as indústrias da região Leste, como a Tupy. Para a cidade que quase dobrara de tamanho em apenas uma década, chegando a 235 mil moradores naquele início dos anos 80, a ligação passaria a ser fundamental. Nesta semana, outra ponte entre duas regiões, Sul e Leste, teve início das obras autorizado.

Os acessos da ponte sobre o rio Cachoeira começaram a ser construídos em julho de 1979. A partir de agosto, passaram ser instaladas as estruturas. As obras tiveram participação dos governos federal e estadual, mas foi a prefeitura que bancou a maior parte, praticamente dois terços. Para arrumar dinheiro, o município recorreu também à venda de terreno. O primeiro desafio foi providenciar a preservação do Sambaqui Morro do Ouro, próximo de uma das cabeceiras da ponte. A UFSC foi chamada.

Confira imagens das obras

As dimensões eram de grande porte, com mais de 16 metros de largura para atender também pedestres e ciclistas, nos dois sentidos (quase o dobro das pontes existentes). Com 171 metros de extensão, a ponte foi apoiada em oito blocos de concreto. As obras tinham plano de entrega em 1º de maio, Dia do Trabalhador, mas a conclusão ficou para agosto – a principal alegação foi a dificuldade de transporte das vigas em momentos de maré alta, além do volume de chuvas.

A ponte foi criada para facilitar o deslocamento de trabalhadores em momento no qual o crescimento no número de veículos era “vertiginoso”, o que poderia levar ao “desaparecimento” das bicicletas, como foi descrito á época. A ciclovia, que tinha trechos no Guanabara e Bucarein, ganhou continuidade depois da ponte, com traçado até a Albano Schmidt. A ponte encurtou o trajeto entre o Guanabara e o Boa Vista em 12 quilômetros. Pelos cálculos da época, em torno de 28 mil litros de combustível deixaram de ser gastos por dia.

A Ponte do Trabalhador foi a principal promessa de campanha do candidato Luiz Henrique da Silveira em 1976. Até aquele momento do mandato, o prefeito emedebista era questionado pelos oposicionistas por não ter feito nenhuma “grande obra”. Questionado em entrevista sobre a alegação dos adversários, LHS respondeu que estava atendendo aos bairros, permitindo aos operários irem ao trabalho de bicicleta, além de realizar uma série de outras obras. Mas não deixou de ir à desforra. “Ela (a ponte) foi a única e grande promessa que fiz na campanha”. A promessa estava cumprida.

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