Joinville promove conscientização sobre o AVC na Rede Municipal de Ensino

Nesta terça-feira (29) é o Dia Mundial de Combate ao Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o tema ganhou destaque na Escola Municipal Enfermeira Hilda Anna Krisch, no bairro Jardim Iririú.

 

Alunos e professores participaram da feira que reuniu diversos trabalhos sobre o tema, realizados durante o ano letivo, envolvendo as disciplinas de matemática e educação física. A atividade foi na sexta-feira (25/10).

 

Uma das atrações foi a “Exposição Interativa do AVC – A vida continua”, desenvolvida pela Associação Brasil AVC (ABAVC), organização joinvilense sem fins lucrativos que atua na promoção da conscientização e compartilhamento de informações sobre AVC.

 

“A Associação Brasil AVC reconhece que conscientizar crianças e jovens sobre o AVC pode resultar em maior conscientização entre os familiares e permitir que crianças e jovens estejam cientes dos fatores de risco e desenvolvam seus próprios estilos de vida saudáveis”, afirma a neurologista Carla Moro, fundadora e presidente do Conselho Fiscal e Consultivo da ABAVC.

 

Durante a atividade, alunos dos nonos anos compartilharam com colegas de outras séries informações apresentadas nos 14 totens que compõem a exposição.

Entre os temas abordados estão explicação sobre o que é o AVC, fatores de risco, sinais e sintomas, possíveis sequelas físicas e emocionais, dados estatísticos sobre o AVC, onde buscar atendimento, entre outras informações.

 

Com a utilização de pesos e óculos adaptados, a exposição interativa também proporcionou aos alunos a oportunidade de vivenciar algumas dificuldades enfrentadas por pacientes com sequelas de AVC, como o comprometimento do sistema motor e alteração da visão.

 

No circuito da feira, os alunos também apresentaram às outras turmas trabalhos que destacaram temas como hipertensão, tabagismo, prática de atividades físicas como forma de prevenção, sequelas da doença, jogos sobre AVC.

E para encerrar a atividade, os estudantes apresentaram números de dança.

Para a professora de matemática Tathiane Gonçalves de Souza, a forma

prática como o tema vem sendo trabalhado com os alunos melhora a qualidade do aprendizado e fortalece o conhecimento.

 

“É comprovado que quando o aluno vê a matemática de forma concreta, ele aprende muito mais. E se com o que eles aprendem sobre AVC conseguirmos salvar a vida de uma pessoa, já está valendo”, afirma Tathiane.

 

 

Já a professora de educação física Jaqueline da Silva, destaca a interdisciplinaridade do projeto e a diversidade de atividades realizadas como um dos pontos de sucesso do trabalho com os alunos.

“Na disciplina de educação física elaboramos jogos, levamos as turmas para atividades nas academias ao ar livre, com robótica abordamos os movimentos do corpo humano, também trabalhamos com dança e lutas, tudo relacionado à possibilidade de prevenir o AVC.

Tudo isso virou uma corrente que foi além dos muros da escola, abraçando a comunidade e outros professores”, destaca Jaqueline.

 

Aprendizado compartilhado

 

A aluna do nono ano, Júlia Rodrigues de Souza, começou a aprofundar seus conhecimentos sobre AVC há cerca de dois anos. Recentemente, uma tia de Júlia começou a apresentar sintomas típicos e rapidamente foi levada para o hospital e atendida.

 

“É muito importante a gente aprender porque um dia podemos ser nós. Então, precisamos estudar para que, se um dia acontecer, a gente possa saber reverter a tempo”, avalia.

 

Além de conhecer mais sobre AVC, Emilly Pires, também aluna do nono ano, percebeu que a matemática está relacionada a muitas questões do dia a dia, inclusive na saúde.

 

Na exposição, ela apresentou números sobre a doença, tais como número de casos que acontecem no mundo diariamente, número de neurônios perdidos quando ocorre o AVC, percentual da população que pode sofrer a doença.

 

O conhecimento adquirido na escola, é dividido com seus familiares: “Compartilhei com eles para alertar, para cuidarem da saúde, da alimentação, para manterem o corpo em movimento. Esse tema deve ser ensinado em todas as escolas porque no caso de alguém próximo sofrer um AVC, é possível reconhecer os sintomas e salvar uma vida”, diz Emilly.

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