Ataque de Israel mata 30 palestinos

Ataques militares israelenses mataram pelo menos 30 palestinos durante a noite na Faixa de Gaza, a maioria no campo de Nuseirat, no centro do enclave, disseram médicos nesta sexta-feira (29), depois que alguns tanques recuaram de uma área que haviam invadido.

Os médicos disseram ter recuperado 19 corpos de palestinos mortos nas regiões ao norte de Nuseirat, um dos oito campos de refugiados de longa data do enclave.

Alguns tanques permaneceram ativos na área oeste do campo, e o Serviço de Emergência Civil Palestino disse que as equipes não conseguiram responder aos pedidos de socorro dos moradores presos dentro de suas casas.

Os demais foram mortos nas áreas norte e sul da Faixa de Gaza, acrescentaram os médicos. Não houve nova declaração dos militares israelenses hoje, mas na quinta-feira eles disseram que suas forças continuavam a “atacar alvos terroristas como parte da atividade operacional na Faixa de Gaza”.

Enquanto isso, as autoridades israelenses libertaram cerca de 30 palestinos que haviam sido detidos durante a ofensiva em Gaza nos últimos meses. Segundo os médicos, as pessoas libertadas chegaram a um hospital no sul de Gaza para fazer exames médicos.

Os palestinos libertados, detidos durante a guerra, reclamaram de maus-tratos e tortura nas prisões israelenses. Israel nega a tortura.

Meses de esforços para negociar um cessar-fogo em Gaza resultaram em pouco progresso, e as negociações agora estão travadas.

Um cessar-fogo no conflito paralelo entre Israel e o grupo libanês Hezbollah, aliado do Hamas, entrou em vigor antes do amanhecer de quarta-feira (27), pondo fim às hostilidades que haviam aumentado drasticamente nos últimos meses e ofuscado o conflito em Gaza.

A campanha de Israel em Gaza matou cerca de 44 mil pessoas e deslocou quase toda a população do enclave pelo menos uma vez, segundo as autoridades de Gaza. Vastas áreas do território estão em ruínas.

Os militantes, liderados pelo Hamas, que atacaram as comunidades do sul de Israel há 13 meses, desencadeando a guerra, mataram cerca de 1.200 pessoas e capturaram mais de 250 reféns, segundo Israel.

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