{"id":7021,"date":"2025-04-09T14:43:16","date_gmt":"2025-04-09T17:43:16","guid":{"rendered":"https:\/\/joinville.jornalfloripa.com.br\/jornaljoinville\/7021"},"modified":"2025-04-09T14:43:16","modified_gmt":"2025-04-09T17:43:16","slug":"crise-climatica-pode-provocar-nova-extincao-em-massa-diz-pesquisador","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/joinville.jornalfloripa.com.br\/jornaljoinville\/7021","title":{"rendered":"Crise clim\u00e1tica pode provocar nova extin\u00e7\u00e3o em massa, diz pesquisador"},"content":{"rendered":"
Se a humanidade n\u00e3o conseguir reverter os efeitos das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, a Terra pode sofrer uma extin\u00e7\u00e3o em massa, semelhante \u00e0 do Per\u00edodo Permiano (entre 299 e 251 milh\u00f5es de anos atr\u00e1s), quando cerca de 90% das esp\u00e9cies n\u00e3o conseguiram sobreviver \u00e0s condi\u00e7\u00f5es dr\u00e1sticas.<\/p>\n
O alerta \u00e9 do pesquisador Hugh Montgomery, diretor do Centro de Sa\u00fade e Desempenho Se a humanidade n\u00e3o conseguir reverter os efeitos das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, a Terra pode sofrer uma extin\u00e7\u00e3o em massa, semelhante \u00e0 do Per\u00edodo Permiano (entre 299 e 251 milh\u00f5es de anos atr\u00e1s), quando cerca de 90% das esp\u00e9cies n\u00e3o conseguiram sobreviver \u00e0s condi\u00e7\u00f5es dr\u00e1sticasHumano da University College London<\/em>, na Inglaterra, e um dos autores do relat\u00f3rio de 2024 sobre sa\u00fade e mudan\u00e7as clim\u00e1ticas da publica\u00e7\u00e3o cient\u00edfica\u00a0The Lance<\/em>t. O estudioso\u00a0abriu a programa\u00e7\u00e3o do\u00a0Forecasting Healthy Futures Global Summit<\/em>, evento internacional sobre sa\u00fade e clima, que\u00a0come\u00e7ou nesta ter\u00e7a-feira (8) no Rio de Janeiro. O Brasil foi escolhido para sediar a confer\u00eancia porque vai receber a 30\u00aa Confer\u00eancia das Na\u00e7\u00f5es Unidas sobre Mudan\u00e7as Clim\u00e1ticas (COP 30), em novembro.<\/p>\n Montgomery ressaltou que essa extin\u00e7\u00e3o j\u00e1 vem ocorrendo \u2500 \u201ca maior e mais r\u00e1pida que o planeta j\u00e1 viu, e somos n\u00f3s que estamos causando isso\u201d, frisou. Entretanto,\u00a0a morte de esp\u00e9cies pode chegar a n\u00edveis catastr\u00f3ficos se o aumento da temperatura m\u00e9dia global chegar a 3 graus Celsius (\u00baC) acima dos n\u00edveis pr\u00e9-industriais. Em 2024, alcan\u00e7amos um aumento recorde de 1,5\u00ba C, e cientistas estimam que se as a\u00e7\u00f5es atuais foram mantidas, especialmente no que se refere a emiss\u00e3o de gases do efeito estufa, esse aumento deve chegar a 2,7\u202f\u00b0C at\u00e9 2100.<\/p>\n \u201cSe continuarmos golpeando a base dessa coluna inst\u00e1vel sobre a qual estamos apoiados, a pr\u00f3pria esp\u00e9cie humana estar\u00e1 amea\u00e7ada. No ano passado, emitimos 54,6 bilh\u00f5es de toneladas de CO\u2082 equivalente na atmosfera \u2014 um aumento de quase 1% em rela\u00e7\u00e3o ao ano anterior. A concentra\u00e7\u00e3o atmosf\u00e9rica de CO\u2082 n\u00e3o s\u00f3 est\u00e1 aumentando, como est\u00e1 aumentando de forma cada vez mais acentuada<\/strong><\/span>\u201c, explicou o especialista.<\/p>\n<\/blockquote>\n E, de acordo com Montgomery, outras consequ\u00eancias dr\u00e1sticas poder\u00e3o afetar a Terra bem antes disso. \u201cSe alcan\u00e7armos, mesmo que temporariamente, um aumento entre 1,7\u202f\u00b0C e 2,3\u202f\u00b0C, teremos um colapso abrupto das camadas de gelo do \u00c1rtico. Sabemos que isso tamb\u00e9m vai causar uma desacelera\u00e7\u00e3o significativa da Circula\u00e7\u00e3o Meridional do Atl\u00e2ntico, da qual depende o nosso clima, nos pr\u00f3ximos 20 ou 30 anos, provocando uma eleva\u00e7\u00e3o do n\u00edvel do mar em v\u00e1rios metros, com consequ\u00eancias catastr\u00f3ficas\u201d.<\/p>\n Ele chama aten\u00e7\u00e3o para outras causas do aquecimento global, como a emiss\u00e3o de metano, g\u00e1s com potencial danoso 83 vezes maior do que o di\u00f3xido de carbono, liberado principalmente durante a explora\u00e7\u00e3o de g\u00e1s natural. O cientista ingl\u00eas tamb\u00e9m argumentou que a\u00e7\u00f5es imediatas de despolui\u00e7\u00e3o s\u00e3o essenciais para a pr\u00f3pria economia mundial, que, prev\u00ea ele, deve reduzir em 20% ao ano, ou 38 trilh\u00f5es de d\u00f3lares, a partir de 2049, por causa dos efeitos das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas.<\/p>\n Hugh Montegomery avalia que \u00e9 importante pensar em medidas de adapta\u00e7\u00e3o a mudan\u00e7as no clima, porque elas j\u00e1 est\u00e3o afetando a sa\u00fade da popula\u00e7\u00e3o hoje, \u201cmas isso n\u00e3o pode ser feito em detrimento de uma redu\u00e7\u00e3o dr\u00e1stica e imediata nas emiss\u00f5es, porque n\u00e3o faz sentido focar apenas no al\u00edvio dos sintomas quando dever\u00edamos estar buscando a cura\u201d.<\/p>\n<\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Se a humanidade n\u00e3o conseguir reverter os efeitos das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, a Terra pode sofrer uma extin\u00e7\u00e3o em massa, semelhante \u00e0 do Per\u00edodo Permiano (entre 299 e 251 milh\u00f5es de anos atr\u00e1s), quando cerca de 90% das esp\u00e9cies n\u00e3o conseguiram sobreviver \u00e0s condi\u00e7\u00f5es dr\u00e1sticas. O alerta \u00e9 do pesquisador Hugh… Continue lendo <\/p>\n
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