Fim de semana pode ter forte tempestade solar na terra

Duas enormes erupções solares foram registradas neste começo de outubro e estão entre as maiores da última década. As partículas liberadas no espaço pelas erupções agora rumam para a Terra e podem causar tempestade solar neste fim de semana. A erupção solar mais potente, registrada ontem, e classificada como X9.05, atingiu seu pico às 9h10 (hora de Brasília) de quinta-feira (3), causando apagões de rádio de ondas curtas sobre a África e a Europa, a parte iluminada da Terra no momento da erupção.

A erupção solar emanou do grupo de manchas solares AR3842, que já havia chamado atenção anteriormente. No dia 1º de outubro, a mesma região de manchas solares disparou uma poderosa erupção solar X7.1 e liberou uma ejeção de massa coronal (CME) — uma pluma de plasma e campo magnético — que atualmente está se dirigindo para a Terra.

As ejeções de massa coronal liberadas pelas erupções estão chegando e devem atingir a Terra entre hoje à noite e o domingo, com possibilidade de muitas auroras nos extremos Sul e Norte do planeta.

As CMEs carregam partículas eletricamente carregadas conhecidas como íons e, quando colidem com a magnetosfera do planeta Terra, podem desencadear tempestades geomagnéticas. Durante essas tempestades, os íons interagem com gases na atmosfera da Terra, liberando energia na forma de luz. Esse fenômeno é conhecido como aurora boreal no hemisfério norte e como aurora austral no hemisfério sul.

Devido às duas tempestades solares a caminho, o Centro de Previsão do Clima Espacial da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) emitiu um alerta de tempestade geomagnética de classe G3 (forte) para os dias 4 a 6 de outubro. As tempestades geomagnéticas são classificadas pela NOAA usando uma escala G para medir sua intensidade, que varia de G5, a classe mais extrema, a G1, que são tempestades menores.

O recente alerta de tempestade geomagnética emitido pela NOAA está atualmente classificado como G3. O campo magnético do sol está no pico de seu ciclo de 11 anos, tornando tempestades e exibições de aurora mais frequentes. Tempestades solares excepcionalmente fortes em maio produziram exibições de aurora como não se via há décadas.

Auroras boreais foram vistas em maio por quase toda a Europa e os Estados Unidos. Chegaram a ser vistas de Cancun, no México, e de alguns países caribenhos, como Cuba. No hemisfério Sul, a aurora austral chegou a ser vista na província de Buenos Aires e no Uruguai, quase na fronteira com o Rio Grande do Sul.

Fonte: MetSul

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