Com apenas cinco boxistas Ceasa de Joinville segue sem controle do Governo de SC

A ausência de representante do Governo do Estado prejudicou uma reunião sobre o futuro da Centrais de Abastecimento (Ceasa) de Joinville. Diante da situação, vereadores e produtores rurais cobraram um posicionamento do estado, que deveria ter assumido o comando da unidade joinvilense da central já no ano passado.

Em 9 de março do último ano, no aniversário de Joinville, o governador Jorginho Mello (PL) assinou um convênio para gestão compartilhada da unidade joinvilense da Ceasa. Conforme o documento, por seis meses a gestão da unidade seria compartilhada entre a Prefeitura de Joinville e o governo de Santa Catarina. Após o período, encerrado em setembro do ano passado, o governo de estado estaria encarregado de desenhar uma forma de operar a Ceasa por completo.

Mais de um ano depois, a Ceasa Joinville segue sem um CNPJ estadual e, conforme relatos apresentados na reunião extraordinária da Comissão de Economia e Agricultura, da Câmara de Vereadores de Joinville, realizada na noite desta segunda-feira (25), apenas cinco boxistas seguem em atividade no local, dividindo entre eles as despesas de manutenção dos galpões.

Para comparação, conforme dados do site da Ceasa SC, a unidade Blumenau tem 37 boxistas e em São José, na Grande Florianópolis, são 139.

Sem representante

A reunião na Câmara tinha por objetivo discutir o futuro do espaço e quais seriam os próximos atos do estado para assumir o local, mas o governo do estadual não apareceu. O diretor presidente da Ceasa SC, Sandro Carlos Vidal, enviou uma correspondência para justificar a ausência. De acordo com o documento, a participação era inviável em virtude de outro compromisso.

A ausência de um representante estadual gerou insatisfação dos participantes, o secretário municipal de desenvolvimento econômico, William Escher lamentou a falta de um posicionamento do governo estadual sobre as reforma da Ceasa.

Agricultores também lamentaram a ausência de encaminhamentos. O representante da Associação de Produtores Orgânicos, Beto Amaral, cobrou a reativação da Ceasa e disse não entender a razão do governo estadual não ter assumido o controle em Joinville.

 

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