Campanha educativa destaca malefícios do uso do cigarro eletrônico

Embora pareçam inofensivos, em função de suas cores vibrantes, da fumaça abundante ou dos aromas adocicados, os cigarros eletrônicos representam um grave risco para a saúde pública.

Evidências médicas comprovam que o uso do dispositivo aumenta a ocorrência de doenças pulmonares e cardíacas, além de diversos tipos de câncer.

Embora a venda seja proibida em todo o território nacional, o consumo cresceu mais de 600% nos últimos anos.

Com o objetivo de reforçar os malefícios do cigarro eletrônico, foi lançada uma campanha educativa com o alerta “Parece inofensivo, só que não”.

Por meio da interrupção de atividades cotidianas dos jovens, como a prática esportiva, os jogos eletrônicos e a diversão em uma festa, a campanha mostra que existe um lado do cigarro eletrônico pouco mostrado pelas redes sociais, que representa os efeitos graves e irreversíveis.

Dados da Fundação do Câncer apontam que cerca de 70% dos usuários de cigarro eletrônico no Brasil possuem entre 15 e 24 anos.

Além disso, o uso do dispositivo eletrônico, popularmente chamado de ‘vape’ ou ‘pen drive’ corresponde a fumar o equivalente a uma carteira de cigarros tradicionais por dia.

A iniciativa tem como objetivo combater o uso dos cigarros eletrônicos em Joinville, sobretudo nas unidades escolares, destacando os prejuízos à saúde.

Ela foi uma das estratégias indicadas pelo Grupo de Trabalho Intersetorial (GTI) que discute o tema desde o mês de julho, como um desdobramento de uma atividade do Projeto Reunindo da Rede, do Ministério Público de Santa Catarina, que em Joinville é coordenado pela 4ª Promotoria de Justiça.

O GTI contempla, além do Ministério Público, a participação de integrantes da Polícia Militar, Polícia Civil, Conselho Tutelar, Coordenadoria Regional da Secretaria de Estado de Educação, Conselho Municipal da Criança e do Adolescente e da Prefeitura de Joinville, por meio da Procuradoria-Geral do Município, Departamento de Trânsito, Guarda Municipal e das secretarias da Saúde, Educação, Assistência Social, Governo e Comunicação, além de demais entidades que atuam na promoção e proteção integral de crianças e adolescentes.

“As diversas reuniões que fizemos sobre o tema deixaram claro o quanto a população desconhece os malefícios do cigarro eletrônico, principalmente quando consumido por crianças e adolescentes. É urgente que tomemos ações com o objetivo de conscientizar as famílias”, pontua a promotora de justiça Bárbara Elisa Heise, que coordena o GTI.

A campanha educativa foi idealizada pela Prefeitura de Joinville, considerando as informações compartilhadas pelo grupo.

Os materiais estão sendo veiculados em canais de televisão, emissoras de rádio, portais de notícias, jornais impressos e também pelas redes sociais.

Além disso, serão distribuídos cartazes e folhetos informativos sobre as substâncias existentes nos cigarros eletrônicos, como nicotina e metais pesados.

“Em questões relevantes, como os malefícios do cigarro eletrônico para a saúde das pessoas, sobretudo dos mais jovens, a Comunicação cumpre seu papel de informar e alertar, estimulando o diálogo junto às famílias joinvilenses por meio desta campanha”, destaca o secretário de Comunicação da Prefeitura de Joinville, Thiago Boeing.

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