Associação Solidar amplia atuação e convida novas voluntárias

Quase 20% da população mundial vive em situação de vulnerabilidade ou extrema pobreza.

Os dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) indicam que mais de um bilhão de pessoas não têm renda suficiente para a sobrevivência nem acesso a serviços básicos de saúde, educação, moradia, água potável e saneamento.

Preocupado com essa realidade, um grupo de voluntárias joinvilenses decidiu mudar a estratégia de trabalho (antes dedicada ao envio de recursos para uma única aldeia da África) e estender as doações a outros países e regiões brasileiras.

Para dar conta da demanda, a Associação Solidar convida novas voluntárias a se juntarem à causa. Entre as atividades estão a confecção de artesanatos, triagem e distribuição de donativos e a realização de diversas ações para arrecadação de fundos.

De acordo com a presidente Amarilda Nass, as voluntárias se reúnem uma vez por semana. “Não é preciso ter habilidades porque, aqui, compartilhamos tudo o que sabemos umas com as outras. Só precisa ter amor ao próximo, dedicação e vontade de ajudar”, avisa.

Arrecadação de bolas

Recentemente, a Associação Solidar doou alimentos para atender, por um mês, as crianças do Projeto Acolher, no bairro Jardim Paraíso. Além disso, elas trabalham na produção de bonecas, chaveiros, sacolas retornáveis e na venda de lembrancinhas para datas comemorativas.

Em outubro, a associação enviará bolas e bonecas a crianças do Niger, na África.

As bonecas de pano são produzidas pelas próprias voluntárias, mas faltam recursos para a compra das bolas.

“Quem quiser pode comprar as bolas e deixar na sede da associação ou enviar sua doação em dinheiro, via pix.

A única coisa que pedimos é que as bolas não sejam de plástico, porque furam muito facilmente, especialmente nas comunidades que atendemos e que não têm infraestrutura”, explica Viviane Borges, uma das voluntárias.

Outra ação em andamento na Associação Solidar é a preparação de milhares de peças de roupas que serão encaminhadas à África.

Os trabalhos são realizados na rua Pelotas, 435, no bairro Glória, às terças-feiras, das 19h às 21h.

A chave pix para doações em dinheiro é [email protected].

Quem quiser ser voluntária ou comprar os itens feitos na associação pode enviar mensagens pelo direct no Instagram @associacaosolidar.

Os artesanatos também estão à venda no Brechó Closet da Betinha, na rua Lages, 598, de segunda à sexta-feira, das 12h às 19h.
Mãos solidárias

O trabalho da Associação Solidar começou de forma despretensiosa, mas ganhou força, segundo Amarilda Nass, porque está sustentado na solidariedade, dedicação e esforço do grupo.

No ano passado, as voluntárias fizeram doações para Moçambique, na África.

Neste ano, se uniram à legião de brasileiros e arrecadaram doações para as vítimas das inundações no Rio Grande do Sul.

A meta é usar todos os recursos obtidos em benefício de diferentes comunidades.

“Onde quer que precisarem, tentaremos ajudar. Pode ser com alimentação, roupas, remédios, construção de poços artesianos, não importa. Se for necessário e urgente, faremos o nosso melhor”, comenta a presidente.

O crescimento da associação superou a expectativa das voluntárias. Atualmente, elas se encontram presencialmente uma vez por semana, mas a dedicação vai além.

Para acelerar a produção, levam trabalho para casa, mobilizam familiares e estão dispostas a abraçar novas voluntárias.

“Acreditamos na velha máxima de que ‘ninguém pode ajudar todo mundo, mas todo mundo pode ajudar alguém’.

Nós acreditamos que somos capazes de fazer a diferença e quem quiser participar do grupo será bem-vinda”, convida Betinha Negrelli, vice-presidente da Associação Solidar.

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