Na manhã desta quarta-feira (16), a Comissão Especial das Pessoas em Situação de Rua da Câmara de Vereadores de Joinville, debateu a atuação de ferros-velhos e empresas de sucata em Joinville. Com base em relatos de que pessoas em situação de rua tentam vender materiais furtados e invadem os estabelecimentos durante a madrugada, os vereadores sugeriram a limitação do horário de funcionamento dos ferros-velhos que atuam em Joinville.
Segundo o presidente da comissão, Pastor Ascendino Batista (PSD), os ferros-velhos que funcionam durante a madrugada, em sua maioria, operam para receber materiais ilícitos. Em algumas negociações, inclusive, de acordo com o vereador, há a troca dos itens por drogas.
O secretário de Proteção Civil e Segurança Pública, Paulo Rigo, destacou que o Grupo de Ação de Ordem Pública (Gaop) já realizou 14 operações e confirmou a relação entre furtos, venda de materiais e uso de entorpecentes. O secretário destacou que em um único ferro-velho o grupo encontrou 10 quilos de cobre. Já em outras operações foram encontrados 32 hidrômetros, cabos e até válvulas da rede de oxigênio do Hospital Regional de Joinville.
Diante das denúncias, os vereadores propõem uma alteração do Código de Posturas de Joinville (Lei Municipal 84/2000) para restringir o funcionamento desses estabelecimentos ao horário comercial. A intenção é coibir a receptação de itens furtados, como fios de cobre, fiação elétrica, portões e hidrômetros. Ascendino ainda observou que as fiscalizações nesses locais precisam ser constantes. Conforme informação divulgada na reunião, Joinville possui cerca de 400 estabelecimentos no ramo.
Dos mais de 30 convidados para o debate, que atuam no ramo de sucata, apenas três compareceram. Além deles, participaram do encontro representantes das secretarias de Proteção Civil e Segurança Pública (Seprot), de Assistência Social (SAS), de Meio Ambiente (SAMA), da Guarda Municipal e da Polícia Científica.