Joinville conta com uma grande rede de museus que preservam desde tradições a expressões artísticas modernas, fazendo um vínculo entre passado e presente.
Cada um dos espaços convida o visitante a uma jornada pelas tradições de quem já esteve aqui, seja pelos sambaquis, os imigrantes ou até mesmo os artistas que fizeram parte das histórias da cidade.
Todos os espaços administrados pelo município tem entrada gratuita.
O feriado de Páscoa é uma oportunidade para o joinvilense conhecer esses locais e também levar familiares e amigos que vierem passar esse período na cidade.
Tanto na Sexta-feira Santa, quanto no domingo de Páscoa, os museus estarão abertos.
Esses locais fecham normalmente às segundas-feiras, por isso, no dia 21 eles não terão funcionamento.
Museu Nacional de Imigração e Colonização
Localizado no famoso casarão que fica em frente a Rua das Palmeiras, o Museu Nacional de Imigração e Colonização (MNIC) abriga a exposição “Miradas do Porvir”, que apresenta a experiência e legado dos imigrantes que se instalaram na região Sul do Brasil a partir do século XIX.
A exposição “Saberes e Fazeres” traz as ferramentas e maquinários usados quando os imigrantes chegaram aqui e as usavam para agricultura e transporte de mercadorias, além de mostrar o modo de vida da época.
O museu também conta com a Casa Enxaimel, que recria o ambiente das propriedades rurais antigas.
Outro destaque é o Jardim Sensorial, um espaço interativo com diferentes texturas (seixos, toras de madeira, pedriscos) e um canteiro de ervas aromáticas, temperos e chás, remetendo às cozinhas das pequenas propriedades rurais da região.
A visitação do museu ocorre de terça-feira a domingo, das 10h às 16h, inclusive em feriados.
Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville
O Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville (MASJ), expõe a história dos povos originários da região de Joinville.
Os sambaquis são um tipo de sítio arqueológico, formado principalmente por conchas, com vestígio de atividades humanas como restos alimentares, ferramentas confeccionadas em rocha e ossos de animais, restos de fogueiras e enterramentos humanos.
Em Joinville existem 41 sambaquis, sempre em forma de monte, podendo chegar a 30 metros de altura.
Entre as exposições do MASJ, destaca-se “Acervos do sambaqui: coisas a olhar”, que apresenta objetos utilizados e confeccionados pelos sambaquis e povos indígenas, além de esqueletos encontrados nos sambaquis.
Já a “Sambaquis: monte de conchas, monte de histórias” conta a trajetória dos povos originários até chegarem na nossa região.
Outro destaque é que o local é adaptado para pessoas com deficiência, trazendo itens que podem ser manuseados, permitindo que os cegos e pessoas com baixa visão possam conhecer as peças arqueológicas como esqueleto em pé e crânios.
Para o público neurodivergente há um painel multissensorial para exploração, com cubos e placas.
O MASJ tem painel e livros em braile sobre arqueologia e mapa tátil do museu que está localizado na Rua Dona Francisca, 600 – Centro, com funcionamento de terça a domingo, das 10h às 16h, inclusive em feriados.
Museu de Arte de Joinville
A visita ao Museu de Arte de Joinville (MAJ) é um prato cheio para os amantes de arte contemporânea.
O acervo inclui pinturas, esculturas e instalações, todas pertencentes ao museu.
O prédio em si é uma atração, sendo construído em 1864 pelo imigrante alemão Ottokar Doerffel.
Após pertencer à família Lepper, foi desapropriado pela Prefeitura em 1976 e transformado em museu.
A exposição Além da Ilha busca compreender o processo de contemporaneidade da arte fora da Capital, a ilha de Florianópolis, e legitimar os circuitos existentes entre o Vale do Itajaí e Norte de Santa Catarina.
Aberta recentemente no porão do MAJ, a exposição “Para além dos limites e da ilha” destaca práticas criativas que transcendem os circuitos tradicionais.
O projeto mostra a importância de espaços e circuitos alternativos que ampliam a presença da arte catarinense, tanto localmente quanto nacionalmente, ao dialogar com especificidades regionais e desafiar fronteiras geográficas e conceituais.
O museu fica aberto de terça a domingo, das 10h às 16h, e fica na rua XV de Novembro, 1400 – América.
Museu Casa Fritz Alt
A casa do importante artista alemão Fritz Alt, construída na década de 1940, se tornou um importante museu da cidade, trazendo um grande jardim, ideal para piqueniques e brincadeiras com crianças.
O primeiro espaço de visitação mostra uma linha do tempo da atuação do artista em Joinville e exibe algumas obras que podem ser tocadas.
Está em exposição no jardim do museu, o busto original da princesa Dona Francisca, produzido em 1926 para a celebração dos 75 anos de fundação de Joinville, junto com a “Alegoria à EFA”, que posteriormente ficou conhecida como “A Vênus Loira”.
O Museu Casa Fritz Alt fica na rua Aubé – Boa Vista, com horário de funcionamento de terça a domingo das 10h às 16h, inclusive em feriados.
Casa Krüger
A Casa Krüger, localizada às margens da BR-101, em Pirabeiraba, é o início da Rota Caminhos de Dona Francisca.
O local funciona como Central de Atendimento ao Turista (CAT) e é o ponto de partida para explorar as riquezas da região.
Além de oferecer informações turísticas, o espaço encanta com exposições culturais e históricas, mergulhando os visitantes nas tradições locais.
A Casa Krüger também atua com espaços expositivos para fotografias com fotos e objetos de época.
Aos finais de semana o local também conta com uma feirinha de produtos artesanais da região com alimentos orgânicos frescos, queijos, salames e cucas.
O local funciona todos os dias da semana.
De segunda a sexta, das 8h às 18h e aos finais de semana das 9h às 15h.
Inclusive nesse feriado de Páscoa e Tiradentes o local estará funcionando.
Cemitério do Imigrante
Outro local cheio de história é o Cemitério do Imigrante, que recebeu sepultamentos entre 1851 e 1913.
Lá estão os primeiros imigrantes, além de luso-brasileiros e afrodescendentes. O local é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Histórico e Paisagístico Natural desde 1962.
Tem cerca de dois mil sepultados e 490 sepulturas e sua arquitetura tumular tem cruzes em metal, esculturas em pedra e outros elementos decorativos.
No mesmo terreno fica a Casa da Memória, uma edificação que serviu como residência do coveiro do antigo Cemitério Protestante, atual Cemitério do Imigrante.
Lá, o visitante encontra a listagem com dados de pessoas sepultadas e mapa com a localização das sepulturas, brasões das famílias de imigrantes e livros escritos por autores alemães.
A entrada é gratuita e o local abre de terça a domingo, das 10h às 16h.