O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira, 24 de abril de 2025, a prisão imediata do ex-presidente Fernando Collor de Mello.
A decisão ocorre após o STF rejeitar os últimos recursos apresentados pela defesa de Collor, condenado em maio de 2023 a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A condenação está relacionada a um esquema de corrupção na BR Distribuidora, no qual Collor teria recebido cerca de R$ 20 milhões em propinas para facilitar contratos irregulares com a empresa UTC Engenharia.
Na decisão, Moraes considerou que os recursos apresentados pela defesa tinham caráter protelatório, autorizando o imediato cumprimento da pena.
A defesa de Collor informou que ele se apresentará voluntariamente à Justiça.
O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, convocou uma sessão virtual extraordinária do plenário para esta sexta-feira, 25 de abril, das 11h às 23h59, para referendar a decisão de Moraes.
Fernando Collor de Mello foi presidente do Brasil entre 1990 e 1992, quando renunciou em meio a um processo de impeachment por corrupção. Posteriormente, foi eleito senador por Alagoas, cargo que ocupou até 2023.
A ordem de prisão marca um novo capítulo na trajetória política de Collor, sendo o primeiro ex-presidente brasileiro a ter prisão decretada por corrupção após condenação definitiva pelo STF.