Joinville diminui 98,94% dos casos de dengue nos primeiros quatro meses do ano

Os números do primeiro quadrimestre deste ano mostram que Joinville teve uma redução de 98,94% na quantidade de casos confirmados de dengue, se comparado com o ano passado.

Neste mesmo período (até a 18ª semana epidemiológica), em 2024 eram 58.322 casos de dengue e 66 óbitos pela doença.

Este ano, são 622 casos e nenhuma morte registrada até o momento.

O acompanhamento da Secretaria da Saúde de Joinville é feito de maneira contínua, o que garante que as ações estratégicas sejam realizadas de maneira assertiva.

As semanas epidemiológicas, como elas são tecnicamente chamadas, indicam se há crescimento na quantidade de casos, com a perspectiva de como devem ser os próximos dias.

Desta forma, a Saúde de Joinville consegue mapear e planejar atividades que vão resultar em diminuição no avanço dos casos, ou ainda, oferta de atendimento para a população.

“Nossas equipes se reúnem e avaliam detalhadamente esses dados. Vemos, por exemplo, as regiões onde estão sendo registrados mais casos de dengue para que os agentes possam intensificar as visitas às residências, incentivamos as ações do Detetives da Dengue junto às crianças, organizamos os mutirões de combate à dengue que contam com o apoio de várias secretarias, entidades e voluntários”, detalha a prefeita em exercício Rejane Gambin.

Uma série de fatores pode ter influenciado na diminuição de casos neste ano. As diferentes ações que vão desde campanhas de prevenção, orientação, mutirões e inovação com a implantação do método Wolbachia, são exemplos desse trabalho coordenado e integrado.

Somente nos primeiros quatro meses deste ano, foram feitas 329 mil visitas dos agentes de combate à endemias em residências e comércios, além de quatro mutirões nas regiões com mais incidência de casos.

Os dados históricos também indicam que a própria doença tem períodos com uma redução na quantidade de contaminações após períodos de maior prevalência.

“Sabemos que o método Wolbachia é uma estratégia medida cientificamente a médio e longo prazo e que ele deve ser implantado enquanto outras ações estão sendo realizadas para prevenir a doença e eliminar locais que podem ser possíveis criadouros do Aedes Aegypti. E foi exatamente isso que fizemos em Joinville”, reforça Rejane.

Em uma articulação junto ao Ministério da Saúde, novas áreas, com uma população correspondente a 150 mil pessoas, passarão a receber o novo método nos próximos meses.

Na primeira etapa, 40 regiões da cidade foram contempladas.

O Método Wolbachia consiste na liberação de Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia para que se reproduzam com os mosquitos locais, estabelecendo aos poucos, uma nova população destes mosquitos “infectados”.

Esta bactéria está presente em 60% dos insetos da natureza e não causa danos aos humanos.

Ela impede que os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana se desenvolvam dentro dos insetos, contribuindo para redução dessas doenças.

A implementação do Método Wolbachia em Joinville ocorre por meio de uma ação conjunta entre a Prefeitura, Fiocruz, World Mosquito Program (WMP), Governo de Santa Catarina e Ministério da Saúde.

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