Advogados são alvo de operação policial realizada em Joinville

A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Combate às Drogas do Departamento de Investigação Criminal (DECOD/DIC) de Itajaí, deflagrou nesta terça-feira (6) a Operação Queda da Torre, com foco em desarticular o núcleo de comando de uma facção criminosa que atua no estado.

A investigação, conduzida ao longo de dois anos, identificou as principais lideranças estaduais da organização criminosa, responsáveis por decisões estratégicas como ordens de morte, rebeliões em presídios e atentados.

Esses líderes formariam um “conselho” com atuação em todo o território catarinense.

Advogados no alvo da investigação

Três advogados foram identificados como suspeitos de atuar como mensageiros da facção, repassando ordens de presos a comparsas em liberdade.

Um deles é investigado por envolvimento direto com o grupo criminoso, incluindo atividades financeiras e guarda de armamentos.

Dois advogados tiveram mandados de prisão preventiva expedidos; um foi preso e o outro segue foragido.

Balanço da operação

A ação cumpriu 36 ordens judiciais, sendo:

  • 28 mandados de busca e apreensão

  • 8 mandados de prisão preventiva

As ordens foram executadas de forma simultânea em 13 municípios espalhados por três estados: Santa Catarina, Paraná e Alagoas.

As cidades incluíram Florianópolis, São José, Palhoça, Criciúma, Guatambu, Joinville, Blumenau, Indaial, Itajaí, Camboriú, Cascavel (PR), Arapiraca (AL) e Marechal Deodoro (AL).

Prisões e apreensões

Dos oito mandados de prisão, sete foram cumpridos

  • Joinville: dois suspeitos presos, sendo que um deles portava uma pistola 9mm e foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.

  • Guatambu: uma advogada foi presa.

  • Outros presos: em Marechal Deodoro (AL), Camboriú, Itajaí e Palhoça.

Foram ainda apreendidos diversos dispositivos eletrônicos e documentos, que serão analisados para aprofundar as investigações.

Mobilização nacional

A operação contou com o apoio de mais de 160 policiais civis, incluindo unidades da DEIC, DPGF, DIPC, delegacias regionais (DRPs) de várias cidades catarinenses, além da Coordenadoria de Operações com Cães (COPC), Coordenadoria de Operações Especiais (CORE), SAER Sul e da Polícia Penal de Santa Catarina. Houve também colaboração da Polícia Civil do Paraná e da Polícia Civil de Alagoas.

Segundo o delegado Eduardo Ferraz, responsável pela investigação, o trabalho é fruto de uma ampla troca de informações com a Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de SC (DIPC/PCSC) e representa um duro golpe na estrutura de comando da facção.

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